Entrevista com "Alberto Rodriguês" .

  Por: Luiz Gustavo

Primeiramente é um orgulho muito grande para mim está entrevistando você!

    Fale um pouco sobre você, se apresente!

Falar de si próprio é muito difícil, muitos conhecem a minha vida em comum e profissional ao longo deste tempo, que estamos na mídia. Sou pai de dois filhos, Artur Alberto o Vibrantinho e Luciano, do meu primeiro casamento com Edith, falecida em 2008. Além do rádio, o meu primeiro emprego foi numa companhia de seguros chamada Atlântica Boavista, que posteriormente tornou-se Bradesco Seguros. Em 77 fui ser gerente de seguros da Cia. Aços Especiais – Acesita, onde lá fiquei durante 17 anos, tendo me aposentado. Mais tarde, por volta de 2002 entrei na política, sendo eleito vereador em 2004, onde me encontro até hoje, com uma passagem de quase um ano, como secretário de esportes e juventude, do Estado de Minas Gerais. Em janeiro deste ano, retornei á Câmara e reassumi minha função de vereador. Há um ano contraí novo matrimonio com a senhorita Natalia Curvelano, encontrando–me novamente feliz pela união.   Paralelamente, sempre trabalhei no rádio, como todos já sabem. Sempre tive o chamado dois empregos, que os exerci com muitas dificuldades, mas necessárias, no sentido de conciliar família e empregos. Mas Deus me deu forças e  minha família hoje continua colhendo os frutos.

Comente um pouco sobre o seu trabalho na Secretaria de Estado de Esporte e Juventude e fala para nós como está sendo a experiência.

Foi excelente a minha experiência a frente da Secretaria de Esportes e Juventude do Estado.  Sem falsa modéstia, acho que correspondi ao chamado do ex-governador Aécio Neves, fazendo um trabalho tranqüilo, sem deixar de atender ou mensurar qualquer demanda.  O aprendizado foi excelente também, o executivo nos dá oportunidade de trabalhar, dentro da ética e da lisura, atendendo as principais demandas, as prioridades dos nossos municípios, que são muitas, em termos de esporte, lazer e cidadania.

Porque o apelido de O Mais Vibrante do Brasil?

O apelido de o “mais vibrante” foi dado pelo Osvaldo Faria, meu chefe na rádio, no inicio do ano de 64, acho que foi pelo fato de eu transmitir um jogo com rapidez, com vibração, sem gritar.

Vibrante onde você começou sua carreira de jornalista Esportivo/Locutor? Como foi o seu começo na radio?

Todo profissional no inicio de carreira tem suas dificuldades. Quando estamos do lado de fora, pensamos que eu faria melhor do que aquele fulano, etc. e a verdade não é essa. Quando pegamos a famosa “latinha” e vamos falar para centenas ou milhares de pessoas, assim temos as nossas dificuldades emocionais, que só vão passando com o tempo.  Outras dificuldades como materiais, como ter dificuldades para transmitir um evento esportivo, por uma serie de fatores externos. Outra dificuldade que passamos, são as invejas de pseudo - amigos ou companheiros, pela concorrência, isto acontece muito no inicio de carreira, sem ainda uma formação mais firme, e as vezes, nos deixamos  levar por estes sentimentos escusos.

 Qual foi sua maior dificuldade como narrador esportivo?

Minha vida no rádio começou muito  cedo, como tenho escrito e falado ao longo do tempo, é  que, pra mim, começou quando tinha de 10 para 11 anos, com meus jogos de botão, na cidade de Araxá, transmitindo  as partidas, com  meus amiguinhos e ouvindo  os locutores esportivos da época.  O resto vocês  podem acessar o meu site www.albertorodriguesovibrante.com -  onde há muitas informações, como as rádios que passei, curiosidades, copas do mundo, jogos que narrei, num memorial,  cds de gols e muita coisa que de uma certa forma, pode até ajudar a estudantes de jornalismo, para algum  tipo de redação.

Qual foi à coisa mais importante para você está trabalhando em uma radio do porte da Itatiaia?

Trabalhar  na rádio Itatiaia exige de todos nós, funcionários, uma responsabilidade muito grande, haja vista que a emissora comandada por Emanuel Carneiro, é hoje, uma das maiores audiências no rádio do Brasil. É lógico que esta audiência cresceu, mercê da colaboração e o talento de cada narrador, de cada repórter, redator e ou comentarista, isto no aspecto esporte. É uma honra pra mim, particularmente, fazer parte desta equipe, com mais de 35 anos transmitindo futebol e chegando ao lar de uma legião extraordinária de ouvintes.

Qual foi o fato mais engraçado na sua carreira?

Talvez tenha sido na Copa do México, quando tive que transmitir o jogo inaugural, sem roupa e todo molhado, estava tomando banho, para substituir o locutor Wili Gonser, que estava ao vivo no estádio  Azteca, quando sua linha de transmissão pifou. No meu site tem  os detalhes.

Qual foi o fato mais engraçado na sua carreira?

Talvez um fato que tenha marcado minha carreira, foi ter transmitido o primeiro jogo do Mineirão, Seleção Mineira 1 a 0 no River Plate e ao longo deste tempo todo, ter narrado só  naquele estádio cerca de mil e quinhentos jogos. Isto para mim é uma marca magnífica, graças a Deus.

Qual o locutor que você mais admira? E Por quê?

Foram muitos os locutores que foram meus ídolos no passado e também no presente. Gostaria de citar Pedro Luiz, Fiori Gilioti, Jorge Cury, Valdir Amaral, Jairo Anatolio Lima, Jota Junior, Vilibaldo Alves, Valdir Rodrigues, mais no passado.   Dos que estão em atividade, o maior de todos pra mim, é Wili  Gonser, que  se afastou, não sei se definitivo,  mas deixou uma marca  extraordinária. Ainda temos o Jose Carlos Araujo, no Rio, Luis Roberto, pra mim é o melhor da televisão, não posso esquecer  do Jose Silvério, em São Paulo, começou comigo no rádio, além dos mais jovens como o Caixa, Milton Naves, Pequitito, Ênio Lima, a nova safra.

Há quanto tempo você narra os jogos do Cruzeiro?

 Mais jogos do cruzeiro desde 1979, quando o Wili Gonser, chegou para a rádio Itatiaia, quando houve aquela divisão, ele com o Atlético e eu ficando com o jogos do Cruzeiro.

 Qual foi o jogo que você mais se emocionou narrando?

Foram tantos na minha vida, que fica até difícil escolher um. Vou escolher alguns, como por exemplo, a Super Copa de 91, a final com o River Plate, 3 a 0. A libertadores de 97, Elivelton 1 a 0,  aquela vitoria memorável do Cruzeiro sobre o São Paulo, por 2 a 1, gol do Giovani, que ficou marcado e tantos outros, só entrando no meu site, para recordar mais.

O que faltou para o Cruzeiro ganhar o campeonato Brasileiro de 2010? Alem de os juízes pararem de errar contra o Cruzeiro!

No final do campeonato brasileiro, WP estava voltando, mas sem as suas melhores condições físicas, depois de várias lesões, isto nos prejudicou bastante, tanto como as arbitragens. Mas o vice foi uma façanha muito boa.

O que você está achando do time que o Cruzeiro ta montando para a temporada de 2011?

O importante é que a base foi deixada, com exceção do Jonatan, que saiu para reforçar o adversário. Tomara que venha mais um “becão” e principalmente um goleador, aí, sim, o time fica em condições de disputar o titulo.

Você acha que o Cruzeiro deve priorizar algum campeonato esse ano?

 Este negocio de priorizar campeonatos não dá muito certo, como no tempo do Adilson. Acho que o técnico deve colocar em campo, os jogadores em melhores condições físicas. Não adianta você colocar o Gilberto e ou Roger para jogar quarta e domingo, eles não vão aguentar, a exceção é apenas para o Marquinhos Paraná que tem uma saúde de ferro, apesar da idade.

Como você está avaliando o trabalho do Cuca? Acredita que conseguirá ficar aqui por muito tempo igual Adilson Batista?

No momento tem sido muito bom, acho que poderá formar mais uma vez, com reforços, um time excelente. No momento ele tem que resolver o caso do Roger e Gilberto, o primeiro reclamou na imprensa  porque foi preterido da titularidade contra o Uberlândia e disse que não houve nenhuma explicação do técnico. Acho que os técnicos têm que ser mais autênticos, conversar com seus comandados e dizer do porque está fazendo isto ou aquilo. Acho que o ser humano merece consideração.

Qual foi o jogador mais completo que você já viu jogar pelo Cruzeiro?

Foram muitos os jogadores que vi jogar ao longo deste tempo. O maior de todos pra mim, foi Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, depois foi Dirceu Lopes, Alex o talento e Joãozinho o “travolta”. Não se pode esquecer, no entanto, de Raul, Gomes, Dida, Zé Carlos, Natal e tantos outros. Hoje a grande referencia do cruzeiro é o goleiro Fabio, extraordinário goleiro.

Monte a seleção das ultimas duas décadas do Cruzeiro!

Você está querendo os melhores dos ultimo vinte anos, não  é isso? Então terei que deixar de fora, Raul, Piaza, Tostão, Dirceu e cia. Vamos lá,  Dida,  Nonato, Edu Dracena, Luisão, Sorín. Douglas, Alex o talento, Montillo e Henrique.  Ronaldinho e Joaõzinho. Talvez tenha esquecido algum outro craque, mas é o que há na cabeça no momento.

Qual o sentimento de você te narrado algumas Copas do Mundo? E qual foi a mais importante para você?

A Copa do Mundo  é talvez, o máximo  na carreira de qualquer  locutor esportivo. Eu me sinto feliz e realizado por ter narrado jogos de oito copas. Como já disse anteriormente a copa da Espanha foi a que mais gostei, embora o Brasil, que tinha um timaço comandado por Telê, tenha saído um pouco prematuro, com a derrota para a Itália. A dos Estados Unidos foi a que mais vibrei, pela conquista do titulo, na narração conjunta com o Wili Gonser.

Deixa um recado para a China Azul! E o que a nação cruzeirense pode esperar do Cruzeiro e do Vibrante esse ano!

Agradeço a oportunidade de estar conversando com vocês, atendendo convite do amigo Luiz Gustavo e quero aproveitar esse momento para mandar um grande abraço a toda china azul, como as demais torcidas de Minas, desejando que tenhamos um excelente Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Libertadores e depois brasileiro para todas as nossas equipes, que tudo corra com muita paz, vibração e muito amor para as cores do coração de cada um. E que este ano continuem nos cobrando e cobrando dos dirigentes um futebol digno  das tradições de Minas. Os amigos e amigas podem me seguir pelo twitter no @maisvibrante , Vocês  podem contar com este amigo, um abração.

ovibrante@yahoo.com.br